O Maranhão deverá ter o segundo maior complexo portuário de grãos do país. Essa foi a perspectiva suscitada pelo secretário de Estado Chefe da Casa Civil, Luís Fernando Silva, após a assinatura do contrato de criação do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram). O contrato, assinado pelo Governo do Estado por intermédio da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), concede a quatro empresas arrendatárias a propriedade de quatro lotes que marcam a criação do terminal.
Estiveram presentes no ato da assinatura do contrato, além do secretário Luis Fernando Silva e dos representantes das empresas arrendatárias, o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Luiz Carlos Fossati, e o diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Fernando Fialho.
Para o secretário Luis Fernando Silva, o Tegram mudará decisivamente o curso da história da produção de grãos no Maranhão, como estímulo à produção e com a ampliação da capacidade de exportação. “Isso faz com que o Porto do Itaqui se consolide definitivamente como eixo exportador de grãos, não apenas do Maranhão, mas do Brasil. Nós ampliaremos a capacidade de exportação, gerando faturamento na primeira fase do Tegram de R$ 3,5 bilhões, ou seja, algo em torno de U$ 1,8 bilhão/ano, na segunda etapa esse faturamento deve aumentar para a marca de R$ 10 bilhões/ano”, garante o secretário.
Para o diretor da Antaq, Fernando Fialho, o contrato demonstra a fortaleza econômica em torno do agronegócio. “As empresas pagaram para entrar no consórcio vão investir fortemente, o que vai garantir a geração de emprego e renda no estado, uma vez que a produção de grãos deve subir para a marca de 5 milhões de toneladas nos próximos 5 anos”, explica.
O presidente da Emap, Luís Carlos Fossati, falou das características do Tegram e de sua relevância social “São quatro empresas arrendatárias, todos do ramo, – o que afasta a possibilidade de monopólio – e são todas prestadoras de serviço. O pequeno produtor vai ter alternativas para lhe dar com essas quatro empresas, no que diz respeito à negociação do serviço de transporte dos seus produtos via Porto do Itaqui”, assinalou.
Luis Carlos Fossati ressaltou ainda que a assinatura do contrato corresponde apenas a etapa inicial de um processo extenso. “Após a assinatura do contrato, as empresas vencedoras deverão formar um consórcio em até um mês, posteriormente elas tem que terminar o processo executivo, e este de ser aprovado pela Emap, e só então dar início as construções. O nosso planejamento é que o Tegram esteja em funcionamento no último trimestre de 2013”.
O representante da CGG Trading S/A (uma das vencedoras do certame), Josué Christiano Gomes, garante que o investimento total estimado na primeira etapa é de mais de R$ 260 milhões pelos consórcios entre os quatro vencedores da licitação, mas o investimento total deve girar em torno de mais de R$ 500 milhões.
Josué aponta ainda os pontos altos do negócio para as empresas e para a sociedade. “Esse porto é de uma importância socioeconômica excepcional. Se dividirmos o país em dois hemisférios, teremos uma produção de 50 milhões de toneladas de grãos de soja e milho em cada hemisfério, só que o hemisfério sul consome esses grãos, e o norte é altamente excedente, sendo que o norte não tem capacidade de escoamento dessa produção para a exportação. Agora, com o advento da Ferrovia Norte-Sul, e em conjunto com a Carajás e a Tegram, vai se viabilizar o escoamento de grande parte dessa soja e milho produzidos no hemisfério norte. Isso reduz o custo de frete, aumenta a renda para o produtor rural e melhora o problema ambiental por desacelerar o consumo de diesel gastos nas estradas e ferrovias”, afirma.
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