Flanelinhas são notificados no Centro

A Supervisão de Áreas Integradas de Segurança Pública (Saisp Oeste) deu continuidade, na segunda-feira, dia 7, à operação de recolhimento e notificação de guardadores de veículos que estavam atuando ilegalmente na região do Centro Histórico de São Luís. No total, 22 pessoas foram notificadas por estarem executando a atividade em desacordo com a lei, nas praças Deodoro, João Lisboa, da Alegria, Rua da Paz, entre outros locais. No fim de semana, a Saisp Oeste deve realizar a operação na Avenida Litorânea, local onde também há grande concentração de guardadores.

Cerca de 600 guardadores de veículos estão cadastrados e capacitados para atuar na profissão. Mas, segundo o delegado Joviano Furtado, superintendente da Saisp, esse número, na realidade é bem maior. Os flanelinhas recolhidos no Centro Histórico foram notificados e orientados a procurar o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), para fazerem seus registros e exercerem a profissão dentro da lei.

"Nós temos o cadastro de todos que estão regulamentados. As 22 pessoas notificadas foram orientadas a procurar o MTE para regularizar essa situação e trabalharem de acordo com a lei. Na operação também pudemos perceber que a maioria desses que estão trabalhando ilegalmente são dependentes químicos e utilizam dessa profissão para comprar drogas", afirmou o superintendente.

A próxima fase da operação deve verificar se os guardadores notificados voltaram a atuar sem estarem devidamente registrados. Caso seja constatado que esses flanelinhas ainda estão em desacordo com a lei, eles devem responder pelo exercício ilegal da profissão. "Se existe uma regulamentação, ela deve ser seguida. Na segunda fase da operação, vamos verificar se aqueles que foram notificados voltaram a atuar ilegalmente. Se isso for constatado, eles devem ser autuados", disse o superintendente da Saisp.

Confusão 

A atuação ilegal dos flanelinhas provoca também discussão entre os profissionais legais, que são prejudicados por pessoas não cadastradas e que, na maioria das vezes, arrumam confusão pela "posse" das vagas dos veículos. Foi o que aconteceu na semana passada em frente ao Hospital Universitário Materno Infantil, quando um guardador não cadastrado ameaçou uma pessoa, que estacionou em frente ao hospital com um facão, alegando que aquela vaga era sua.

"Todas essas confusões geralmente são ocasionadas por quem não é cadastrado e são situações como essa que queremos evitar com essa operação. Além das brigas, tem a cobrança abusiva de valores pela vaga, que é uma das principais reclamações e é também ilegal", assinalou o delegado Joviano Furtado.

Neste fim de semana, a Saisp deve realizar a mesma operação na Avenida Litorânea, que, segundo o superintendente, tem mais de 100 guardadores de veículos - entre legais e ilegais. "Na Avenida Litorânea tem muitos guardadores e a maioria deles não está cadastrado nem registrado. A operação será realizada no fim de semana, que é quando a movimentação é maior e, consequentemente, a atuação deles também", destacou.

Com informações de O Estado.