Blog do Marcial Lima - Voz e Vez: Nem ia durar mesmo: CBF aceita pedido de demissão e Felipão não é mais técnico do Brasil

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Nem ia durar mesmo: CBF aceita pedido de demissão e Felipão não é mais técnico do Brasil

Luiz Felipe Scolari não é mais o treinador da seleção brasileira. No fim da noite deste domingo, dois dias depois da derrota por 3 a 0 para a Holanda, pela decisão do terceiro lugar da Copa do Mundo, a CBF aceitou o pedido de demissão e surpreendeu o técnico, que não esperava que a entidade acatasse de imediato. Felipão estava dormindo momentos antes de saber da decisão da entidade. O anúncio oficial deverá ser feito nesta-segunda-feira.

Com Felipão, saíram também todos os componentes da comissão técnica da seleção, inclusive o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira e o auxiliar técnico Flávio Murtosa. O treinador, campeão do mundo em 2002, ficou em posição muito frágil por causa da goleada por 7 a 1 sofrida na partida contra a Alemanha, pela semifinal do Mundial.

Felipão assumiu o comando da seleção pela segunda vez no fim de 2012, logo após a demissão de Mano Menezes. Amparado pelo prestígio de campeão mundial, o gaúcho ganhou ainda mais força com o título da Copa das Confederações, conquistado com uma espetacular vitória sobre a Espanha na final. No total, o treinador comandou a equipe em 29 jogos, com 19 vitórias, seis empates e quatro derrotas (aproveitamento de 72,4%) - o time marcou 70 gols e sofreu 29 (14 deles na Copa do Mundo). No Mundial, foram três vitórias, dois empates e duas derrotas.

Agora a CBF terá a tarefa de contratar um novo técnico para a equipe nacional. O principal candidato ao cargo é outro gaúcho, Tite, campeão da Libertadores da América e do Mundial de Clubes com o Corinthians em 2012.

A derrota por 3 a 0 para a Holanda foi fundamental para que o presidente da CBF, José Maria Marin, mudasse os planos em relação ao futuro treinador. Além de abandonar a ideia de manter Luiz Felipe Scolari pelo menos até o fim do ano, ele vinha sendo aconselhado a anunciar logo o substituto, para começar a "virar a página" do fracasso na Copa e, acima de tudo, causar impacto.

Na véspera do revés contra os holandeses, Marin estava disposto a dar sobrevida a Felipão, entre outros motivos, para não dar a impressão de que o "jogou aos leões". Mas após mais uma montagem equivocada de equipe (na visão do dirigente) e das vaias no Mané Garrincha, percebeu que não vale a pena ir contra a maré.

ARREPENDIMENTO 

Se pudesse voltar a 7 de maio, quando apresentou os 23 jogadores para a Copa, Felipão teria feito alterações. Ele próprio confessou isso em uma das entrevistas coletivas realizadas durante a Copa do Mundo. Depois de 49 dias e duas derrotas para Alemanha e Holanda, o técnico sabe que não teve o retorno que esperava de alguns atletas do grupo brasileiro.

O respaldo que Felipão queria era em campo, no comando de alguns jogadores, nas lideranças que não aconteceram, tanto de Thiago Silva quanto de Fred, um dos mais abalados com sua secura de gols e pouca movimentação no ataque.

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